DÉCIMO PRIMEIRO PROJETO (Índia)

English text below.

Décimo Primeiro Projeto – Ajuda Espiritual

Hari OM amigos. Nossa caminhada pela terceira etapa do Projeto Voluntários pelo Mundo começou. Este foi nosso décimo primeiro projeto, o primeiro no continente asiático. Conseguem adivinhar onde é? Se pensou em Índia acertou em cheio.

Chegada por Délhi

Quando se fala em Índia a primeira coisa que vem na cabeça de pessoas do mundo ocidental é yoga, hinduísmo e comida apimentada. Sim, comida apimentada é uma realidade em qualquer canto da Índia, mas a primeira coisa que descobrimos quando chegamos lá é que a espiritualidade, o romantismo e a beleza devem estar dentro de cada um de nós. Assim como se formos à Roma não encontraremos os “romanos” quando formos para a Índia não vamos encontrar os Yogis meditando ou gurus sentados dando aulas aos seus discípulos. O século 21 também chegou na Índia e com ele um crescimento populacional e industrial gigantesco, causando um caos que não vimos em nenhum dos outros 40 países que já visitamos.

Neste início de nova etapa temos que explicar um pouco sobre o que nos motivou a realizar esse primeiro projeto. Ao contrário de todos os outros projetos que já realizamos, decidimos que era hora de nos permitir sermos ajudado. Era hora de recarregar nossas energias depois de muitas coisas que tivemos que assimilar, especialmente na etapa europeia. E para isso decidimos nos conhecer melhor, especialmente no âmbito espiritual e ainda, adquirir conhecimento para ajudar outras pessoas neste quesito.

Então, chegamos até a capital mundial do yoga, Rishikesh, onde mergulhamos de cabeça no mundo yoga. Praticamos os 3 tipos de yoga para a liberação do espírito humano, segundo Bhagavad Gita. São eles: Karma Yoga (caminho da ação), Bhakti Yoga (caminho da devoção) e Gyana Yoga (caminho do conhecimento).

Na prática fizemos um trabalho voluntário em um Ashram, (Ashram é um mosteiro, que tem por objetivo conservar a cultura védica), onde além de receber casa e alimentação, deveríamos estudar sobre a sabedoria védica.

A fim de aproveitar o máximo possível o tempo por lá, escolhemos, ou fomos escolhidos, por um Ashram extremamente ortodoxo. Com monjas, que tentam viver da mesma forma que antigamente, e nós vivemos desta forma juntos. Relativamente isolados e somente com permissão para sair aos domingos, nossa vida passou a ser de um monge também.

Acordávamos 5h para exercício aeróbico, 6h Yoga, 7h Japamala, 8h Meditação, 9h Karma yoga e Puja (manifestação de respeito aos deuses e gurus), 10h Homa (cerimônia de fogo), 11h almoço, 13h Karma yoga, 16:00 lanche, 17h estudos, 18h Aarti (cerimônia de luz), 20h jantar.

Karma yoga é o verdadeiro trabalho altruísta, não se escolhe o que fazer, normalmente algo que não é sua área de atuação ou sabedoria, deve ser praticado de coração e da melhor forma possível sem esperar absolutamente nada em troca, nem mesmo a gratidão de outros.

O mais relevante de estar vivendo com monjas foi que participávamos de todas as etapas das cerimônias, trocando energias e sendo recarregados a todo instante. Também tínhamos os ensinamentos que vinham tanto dos monges quanto do Guru, o qual tivemos a honra de conhecer e receber diversos ensinamentos.

Enfim, não chegamos a iluminação ainda, mas definitivamente nos conhecemos melhor e renovamos as energias para seguir adiante com a sensação de que fomos colocados de volta aos trilhos.

Continuamos a praticar diariamente todos os ensinamentos adquiridos. Certamente vamos continuar buscando o conhecimento pelo resto das nossas vidas.

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Eleventh Project – Spiritual Help

Hari OM friends. Our journey through the third stage of the Free Spirit Project – Volunteers around the World began. We reached the eleventh project, the first on the Asian continent. Can you guess where it is? If you thought about India, you nailed it.

When talking about India the first thing that comes to the minds of people in the western world is yoga, Hinduism and spicy food. Yes, spicy food is a reality in any corner of India, but the first thing we discover when we get there is that spirituality, romanticism and beauty must be within each of us. Just as if we go to Rome, we will not find the “Romans” when we go to India, we will not find the Yogis meditating or sitting gurus giving classes to their disciples. The 21st century has also arrived in India and with it a huge population and industrial growth, causing chaos that we have not seen in any of the other 40 countries we have already visited.

In this beginning of a new stage, we have to explain a little about what motivated us to carry out this first project. Unlike all the other projects that we have already carried out, we decided that it was time to allow ourselves to be helped, to recharge our energies after many things that we had to assimilate, especially in the European stage. And for that, we decided to get to know each other better, especially in the spiritual realm, and to acquire knowledge to help other people in this area as well. Then we arrived at the yoga capital of the world, Rishikesh, where we plunged headlong into the yoga world, practicing the 3 types of yoga for the liberation of the human spirit, according to Bhagavad Gita. They are: Karma Yoga (path of action), Bhakti Yoga (path of devotion) and Gyana Yoga (path of knowledge).

In practice we did volunteer work in an ashram, (Ashram is a monastery, which aims to conserve the Vedic culture), where in addition to receiving housing and food, we should study about Vedic wisdom. In order to make the most of the time there, we chose, or were chosen, by an extremely orthodox ashram, the ashram has monks, who try to live the same way as before, and we live this way together. Relatively isolated and only allowed to go out on Sundays, our life became that of a monk as well.

We woke up at 5 am for aerobic exercise, 6 am Yoga, 7 am Japamala, 8 am Meditation, 9 am Karma yoga and Puja (expression of respect for the gods and gurus), 10 am Homa (fire ceremony), 11 am lunch, 1 pm Karma yoga, 4 pm snack, 5 pm studies, 6 pm Aarti (light ceremony), 8 pm dinner.

Karma yoga is true selfless work, you don’t choose what to do, usually something that is not your area of expertise or wisdom, it should be practiced from the heart and in the best possible way without expecting absolutely anything in return, not even the gratitude of others. . The most relevant thing about living with monks was that we participated in all stages of the ceremonies, exchanging energy and being recharged at all times. We also had the teachings that came from both the monks and the Guru, who had the honor of knowing and receiving various teachings.

Anyway, we haven’t reached enlightenment yet, but we definitely got to know each other better and renewed our energies to move forward with the feeling that we were put back on track. We continue to practice all the lessons learned, daily. We will certainly continue to practice and seek knowledge for the rest of our lives.